Doar Medula Óssea
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros, amarelos etc.) semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 1993, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a partir 1998. Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.
Doação de Medula Óssea
O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no REDOME. Agora (maio de 2013) há 3,112 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores). A evolução no número de doadores ocorreu devido aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.
Como é feito o acesso ao REDOME?
O processo é simples e totalmente informatizado. O médico responsável inscreve as informações do paciente, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade - HLA - (exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo), no sistema do REREME - Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea. Imediatamente, a busca é iniciada. Quando são identificados possíveis doadores compatíveis, a informação é logo transmitida ao médico, que junto com a equipe do REDOME, analisa os melhores doadores, faz a escolha, e é dado início aos procedimentos de doação. O doador é, então, convocado a realizar os testes confirmatórios, a avaliação clínica. A retirada das células para a doação é feita no hospital habilitado mais próximo da residência do doador. Assim que retiradas, as células são transportadas até o centro onde o será feito o transplante.
Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 70 centros para transplantes de medula óssea e 26 para transplantes com doadores não-aparentados.
Quantos transplantes o INCA faz por mês?
A média é de oito, sendo dois com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados seis transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.
O que a população pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais.
Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível.
Fonte: https://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677
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Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea
O que é medula óssea?
É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.
Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal?
Enquanto a medula óssea, como descrito anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, a medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.
O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia aguda; leucemia mieloide crônica; leucemia mielomonocítica crônica; linfomas ; anemias graves; anemias congênitas; hemoglobinopatias; imunodeficiências congênitas; mieloma múltiplo; Síndrome mielodisplásica hipocelular; imunodeficiência combinada severa; osteopetrose; mielofibrose primária em fase evolutiva; Síndrome mielodisplásica em transformação; talassemia major, etc. Consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a anemia aplástica grave, mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda. No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante também pode ser indicado.
Anemia aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para 'substituir' a medula improdutiva por uma sadia.
Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais.
Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais sobre a doação de medula.
Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um período de duas a três semanas, o paciente necessitará ser mantido internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre são muito comuns. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário em alguns casos o comparecimento diário ao Hospital-dia.
Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende de vários fatores: o estágio da doença (diagnóstico precoce), o estado geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas, além, é claro, do doador ideal. Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada com medicamentos adequados. No transplante de medula, a rejeição é relativamente rara, mas pode acontecer. Por isso, existe a preocupação com a seleção do doador adequado e o preparo do paciente.
Quais os riscos para o doador?
Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório. Os sintomas que podem ocorrer após a doação - dor local, astenia (fraqueza temporária), dor de cabeça, em geral - são passageiros e controlados com medicamentos simples, como analgésicos.
O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que devem ser iguais entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%.
O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado (geralmente um irmão ou parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no REDOME (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos do exterior. No Brasil a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Mas hoje já existem mais de 21 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o REDOME tem mais de 3 milhões de doadores.
O que é o REDOME?
Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se voluntariam a doar medula para pacientes que precisam do transplante foi criado o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no INCA. Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no REDOME com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para efetivar a doação.
Doação de Medula Óssea
O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no REDOME. Agora há 3,112 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.
Onde posso me inscrever para ser um doador voluntário de medula?
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento. Para mais informações, ligue para (21) 3207-1580 (atendimento de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h).
Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 70 centros para transplantes de medula óssea e 26 para transplantes com doadores não-aparentados.
Quantos transplantes o INCA faz por mês?
A média é de oito transplantes, sendo dois com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados seis transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.
O que a população pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (de 5 a 10ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.
Fonte:https://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/orientacoes/site/home/perguntas_e_respostas_sobre_transplante_de_medula_ossea
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Doador de Medula Óssea
As chances de encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são raras - podem chegar a uma em cem mil! Por isso, ao se tornar um doador, você está ajudando a diminuir essa distância.
Qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 anos e boa saúde poderá doar medula óssea. Ela é retirada do interior dos ossos da bacia, através de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.
Todos os dados são organizados nos Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.
O processo de doação é muito simples. Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (10 ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.
Seu sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro. Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada. Se você for compatível com o paciente, outros exames de sangue serão necessários. Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação. Seu atual estado de saúde será então avaliado.
A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Fonte:https://www.graacc.org.br/como-ajudar/doacoes/doador-de-medula-ossea.aspx
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Dúvidas freqüentes sobre doação de medula óssea
Dúvidas Frequentes sobre Doação de Medula Óssea
1. O que é medula óssea?
É um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
2. O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. O objetivo é reconstituir as funções da medula óssea de uma pessoa doente por células normais de medula óssea retiradas de um doador saudável.
3. Como as células-tronco são coletadas do doador?
Podem ser obtidas de três fontes:
• Medula óssea: por meio de um procedimento cirúrgico sob anestesia, com múltiplas punções aspirativas no osso da bacia. O volume coletado depende do tamanho do doador e do receptor, mas para indivíduos adultos, costuma ser de pouco mais de 01 litro.
• Sangue periférico: administra-se ao doador, por injeções diárias por via subcutânea, um medicamento que aumenta o número das células-tronco e faz com que parte delas migre da medula óssea para o sangue, de onde podem ser coletadas da veia, com facilidade e segurança, com o emprego de uma máquina apropriada. Este tipo de procedimento tem duração de cerca de duas a três horas e não requer anestesia.
• Cordão umbilical: o sangue é coletado logo após o parto.
4. Quais os riscos da doação?
O procedimento de coleta das células-tronco da medula óssea é seguro, contudo, podem ocorrer complicações relacionadas à anestesia e à coleta propriamente dita, como dor local, que é facilmente controlada com analgésicos comuns, e anemia, relacionada ao volume retirado, mas que em geral é leve e de fácil controle.
5. Como é o procedimento da doação?
Antes da doação, o doador faz um exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita por meio de uma pequena cirurgia, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.
6. Quem necessita de um transplante?
Pacientes que têm câncer que pode comprometer a função da medula óssea (ex. leucemias), pacientes com medula óssea incapaz de produzir células do sangue e pacientes com doença genética, como anemia falciforme e talassemia.
7. Como se cadastrar como doador?
Procure um Hemocentro ou um de seus núcleos ou unidades de hemoterapia próximo de sua região para efetuar o seu cadastro. Neste local você será orientado e poderá tirar as suas dúvidas. Após o cadastro de seus dados (nome, filiação, etnia, endereço, entre outros), será coletada uma amostra de seu sangue para a realização da tipagem de seus glóbulos brancos (tipagem HLA).
8. Posso me cadastrar como doador apenas para um paciente específico?
Não. O REDOME é um registro brasileiro de doadores não-aparentados para beneficiar pacientes de qualquer lugar do mundo. A probabilidade de você ser compatível com alguém que não seja da sua família é muito pequena, portanto, é importante aumentar o banco de doadores a fim de torná-lo representativo de todas as etnias.
9. Como é feito o transplante?
O transplante de células-tronco requer que o paciente seja preparado para receber a medula óssea do doador. Esta preparação é iniciada cerca de 10 dias antes do transplante propriamente dito, e consiste na administração ao receptor de altas doses de drogas denominadas de quimioterápicos. A função destas drogas é eliminar a medula óssea e o sistema imune do receptor. Completada esta fase, é então infundida na veia do receptor a medula óssea coletada do doador. As células-tronco infundidas na veia se dirigem à medula óssea do receptor, onde se estabelecem e proliferam, dando origem às células maduras do sangue. Neste momento, que ocorre em geral duas a quatro semanas depois da infusão, dizemos que a medula “pegou”, ou seja, a medula começou a funcionar.
10. Posso desistir da doação?
Sim, você pode desistir da doação a qualquer momento depois de ter-se cadastrado. Contudo, depois que o paciente passou a ser preparado para receber a sua medula, ou seja, está recebendo altas doses de quimioterápicos, a sua recusa em doar provavelmente acarretará a morte dele, uma vez que não haveria tempo hábil para localizar um outro doador compatível. Portanto, a decisão de doar tem de ser bem pensada. É recomendável que os candidatos à doação de medula óssea, antes se tornem doadores de sangue, que, além de ser muito útil à sociedade, é uma maneira de torná-los mais familiarizados com os procedimentos de doação de material biológico (o sangue) e contribuir para que se perca o medo de doar a medula óssea.
11. Posso doar mais de uma vez?
Sim. Você pode ser convidado a uma nova doação para o mesmo paciente ou para algum outro que seja compatível com você. A quantidade de medula óssea doada é rapidamente resposta pelo organismo de modo que não ocorre esgotamento de sua reserva de células-tronco.
12. Posso saber para quem doarei as células?
Não. É obrigatório resguardar a identidade tanto do doador quanto do receptor, entretanto, você poderá receber notícias do andamento do transplante e das condições clínicas do receptor, preservado o anonimato de ambos.
O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura de muitas doenças do sangue.
Fonte:https://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/gestor/homepage/acesso-rapido/grupo-de-sangue-componentes-e-derivados-hemorrede/duvidas-frequentes-sobre-doacao-de-medula-ossea
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